quarta-feira, 27 de março de 2013

Riscos Biológicos e Químicos

Riscos Biológicos

Consideram-se riscos biológicos, vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. São microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Existem muitas atividades profissionais que favorecem o contato com tais riscos, como por exemplo Laboratórios. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microrganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

Classificação dos Agentes Biológicos

Grupo 1
Baixa Toxicidade
Grupo 2
Fraca Propagação com profilaxia ou tratamento
Grupo 3
Fácil propagação mesmo com profilaxia ou tratamento
Grupo 4
Elevado nível de propagação e ausência de profilaxia ou tratamentos


De um modo geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:

· Conhecimento da Legislação;
· O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
· A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira de como a contaminação pode ocorrer;
· A implementação de regras gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual;
· Caso necessário, utilização de equipamentos de proteção Coletiva ou Individual;
· Dispor de instalações sanitárias e de vestiário adequadas para a higiene pessoal dos trabalhadores;
· Evitar a utilização de agentes biológicos perigosos sempre que a natureza do trabalho o permita, substituindo-os por outros agentes que não sejam perigosos ou causem menos perigo para a segurança ou saúde dos trabalhadores.
· Limitar ao mínimo o número de trabalhadores expostos ou com possibilidade de o serem;
· Modificar processos de trabalho e medidas técnicas de controlo para evitar ou minimizar a disseminação dos agentes biológicos no local de trabalho;
· Utilizar sinalização indicativa de perigo biológico;
· Elaborar planos de ação em casos de acidentes que envolvam agentes biológicos;
· Utilizar meios de recolha, armazenagem e evacuação dos resíduos, após tratamento adequado, incluindo o uso de recipientes seguros e identificáveis sempre que necessário;
· Utilizar processos de trabalhos que permitam manipular e transportar, sem risco, os agentes biológicos.
· Registo da história clínica e profissional do trabalhador;
· Avaliação individual do estado de saúde do trabalhador;
· Vigilância biológica, sempre que necessária;
· Rastreio de efeitos precoces e reversíveis.


Riscos Químicos
A exposição a substâncias perigosas pode ocorrer a qualquer momento no local de trabalho, que este seja um escritório, uma obra, fábrica entre outros.Estas podem causar diversos tipos de danos, desde o aparecimento de variados tipos de cancro até problemas da capacidade de reprodução ou deficiências congénitas. Danos estes, que podem ocorrer na sequência de uma única e curta exposição ou em resultado da acumulação a longo prazo de substâncias no organismo.



Vias de penetração no organismo à semelhança do que ocorre em ríscos biológicos, também pode ocorrer por via cutânea, respiratória ou digestiva.Uma avaliação adequada dos riscos é a chave de uma gestão eficaz dos mesmos. A formação dos trabalhadores fundamentada na avaliação dos riscos visando ensinar-lhes práticas de trabalho seguras constitui uma parte importante da gestão dos riscos. Os trabalhadores que tenham frequentado acções de formação não só estão aptos a aplicar as regras, como trabalham de forma mais eficaz e promovem um ambiente de trabalho saudável e seguro.


O nível de risco inerente a uma substância é determinado por dois factores: as características da substância e o grau de exposição.

A avaliação deverá incluir os incidentes e as actividades de manutenção previsíveis, assim como um plano das medidas a tomar em tais circunstâncias, nomeadamente medidas de primeiros socorros.

As medidas de controlo deverão ser tomadas pela seguinte ordem:
  1.        Conceber controlos e processos de trabalho e utilizar equipamento e materiais adequados no intuito de reduzir a libertação de substâncias perigosas;
  2.        Aplicar medidas de protecção colectivas na origem do risco, como por exemplo ventilação e medidas organizacionais adequadas;
  3.        Aplicar medidas individuais de protecção, nomeadamente equipamento de protecção individual, sempre que a exposição não possa ser evitada por outros meios.
  4.        O número de trabalhadores expostos deverá ser limitado ao mínimo, paralelamente à duração e à intensidade da exposição, bem como a quantidade de substâncias perigosas utilizadas. Deverão ainda ser adoptadas as medidas de higiene apropriadas.





quarta-feira, 20 de março de 2013

Higiene e Segurança no Trabalho

Como já foi referido na publicação anterior, durante este estágio vou ter a oportunidade de integrar a Direcção de Ambiente e Segurança da APS, estando apenas ligado à parte correspondente à Segurança. Neste sentido, o conceito de Higiene e Segurança no Trabalho ( HST ) está intimamente ligado ao trabalho que irei desenvolver neste departamento. 
Esta concepção de HST resulta de duas componente muito ligadas uma a outra, embora sendo distintas, onde a Higiene do trabalho se propõe combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).Por outro lado a Segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

Dadas as especificidades de algumas actividades profissionais, as quais acarretam algum índice de perigosidade, é necessário que sobre as mesmas incidam procedimentos de segurança para que as mesmas sejam desempenhadas dentro de parâmetros de segurança para o trabalhador. Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento dos factores que podem contribuir para ocorrências de acidentes.


Hoje em dia, sabe-se que os custos indirectos dos acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos directos , através de factores de perda como os seguintes :

  • Perda de horas de trabalho pela vítima
  • Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis
  • Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos
  • Interrupções da produção,
  • Danos materiais,
  • Atraso na execução do trabalho,
  • Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais,
  • Diminuição do rendimento durante a substituição
  • A retoma de trabalho pela vítima

Além dos fatores de perda, registam-se ainda problemas que afetam a produtividade e a qualidade do trabalho desempenhado pelo trabalhador exposto a fatores de risco tais como, meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a riscos profissionais graves, ou a insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que não estejam em harmonia com as suas características físicas e psicológicas.


Como tal, após um processo de avaliação, pode-se estudar a possibilidade de aplicação de medidas que visam incrementar um maior nível de segurança no local de trabalho, nomeadamente a eliminação do risco de acidente, tornando-o inexistente ou neutralizando-o, isto é, o risco existe mas está controlado (tome-se por exemplo a aplicação de protecções em máquinas com correias, engrenagens, etc.). A estes pontos acrescente-se a sinalização de locais de risco de forma a evitar acidentes.

Conclui-se portanto que este processo global de implementação de medidas de segurança e higiene resultam necessariamente de uma interligação entre o empregador e o empregado, na medida em que a sua efectividade resulta das acções que ambos tomarem face às actividades desempenhadas.



Nas publicações seguintes irei escrever mais acerca deste tema.
Continuem a acompanhar!


Referências:
Manual formação pme - HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO disponível em:http://pme.aeportugal.pt/Aplicacoes/Documentos/Uploads/2004-10-15_16-29-37_AEP-HIGIENE-SEGURANCA.pdf ;

Vantagens para as empresas de uma boa segurança e saúde no trabalho - Revista nº77 da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, disponível em: https://osha.europa.eu/pt/publications/factsheets/77

quarta-feira, 13 de março de 2013

Administração do Porto de Sines, S.A.


A APS – Administração do Porto de Sines, S.A. é a entidade responsável pelo Porto de Sines, um porto de águas profundas, líder nacional na quantidade de mercadorias movimentadas.
É, por um lado, a principal porta de abastecimento energético do país e, por outro, um importante porto de carga contentorizada com elevado potencial de crescimento para se assumir como referência ibérica, europeia e mundial.

Com condições naturais ímpares na costa portuguesa para acolher todos os tipos de navios, o porto é dotado de 5 modernos terminais especializados, sendo eles o Terminal XXI (Contentores), o Terminal de Granéis Líquidos (crude, refinados, gases liquefeitos e outros granéis líquidos), o Terminal Petroquímico (Propileno, Etileno, Butadieno, ETBE, Etanol, MTBE, Mescla Aromática, Metanol), o Terminal de Gás Natural Liquefeito (50% do Gás Natural consumido em Portugal) e o Terminal Multiprupose (granéis sólidos, carga geral e ro-ro).

É o principal porto na fachada ibero-atlântica, cujas características geo-físicas têm contribuído para a sua consolidação como ativo estratégico nacional, sendo, por um lado, a principal porta de abastecimento energético do país (petróleo e derivados, carvão e gás natural) e, por outro, posiciona-se já como um importante porto de carga geral/contentorizada com elevado potencial de crescimento para ser uma referência ibérica, europeia e mundial.



O Porto de Sines e a sua Zona Industrial e Logística de retaguarda, com mais de 2.000 ha, são já uma plataforma logística de âmbito internacional com capacidade para receber os grandes atores dos setores marítimo-portuário, industrial e logístico, e, no âmbito do Portugal Logístico, contará ainda com uma plena integração da plataforma urbana nacional do Poceirão e da plataforma transfronteiriça de Elvas/Caia.


A APS, S.A. tem como visão "Ser um porto sempre mais eficiente e competitivo que, tirando partido das suas infraestruturas portuárias e das suas características físicas e geográficas, se consolida como um ativo estratégico nacional com relevo no contexto portuário europeu e mundial" ,e consequentemente a sua missão é "Assegurar o exercício das competências e atribuições de planeamento, modernização, promoção e regulação do porto de Sines, visando a racionalização e otimização do aproveitamento dos seus recursos e a eficiência económica e operacional, no respeito pelos requisitos de segurança e ambientais, proporcionando satisfação aos clientes e valor acrescentado no mercado ibérico e europeu."

Imagem : Organigrama da Empresa
Durante esta Unidade Curricular vou ter a oportunidade integrar a Direção de Segurança e Ambiente da APS, e tendo em conta que, esta visa racionalizar e otimizar a utilização dos recursos do Porto de Sines consolidando a sua eficiência económica e operacional com o respeito pelos requisitos de segurança e ambientais, está instituida a política da Qualidade, Ambiente e Segurança assenta nos seguintes princípios:
  • Melhorar a qualidade e eficácia dos serviços prestados;
  • Assegurar que os colaboradores próprios e subcontratados têm formação adequada, promovendo a sensibilização para a melhoria contínua dos serviços prestados, bem como para as questões ambientais e segurança e saúde no trabalho;
  • Estabelecer relações, com os seus fornecedores, numa óptica de benefício mútuo, privilegiando os que melhor atendam aos requisitos estabelecidos;
  • Melhorar os resultados económicos e cumprir o plano de actividades aprovado;
  • Cumprir e fazer cumprir os requisitos legais, regulamentares e normativos aplicáveis aos serviços prestados, aspectos ambientais e à segurança e saúde;
  • Prevenir, controlar e minimizar a poluição, designadamente os resíduos gerados pelas suas actividades, promovendo o recurso ao investimento em novas tecnologias e processos menos poluentes;
  • Identificar e prevenir os riscos inerentes à sua actividade, promovendo a implementação de acções com vista ao controlo e à minimização desses riscos;
  • Promover a identificação e minimização dos aspectos ambientais significativos e dos riscos existentes incentivando a implementação de acções correctivas e preventivas adequadas pelas entidades por si licenciadas e concessionadas;
  • Assegurar que na concepção de novas instalações e procedimentos de trabalho sejam tidos em conta factores de saúde e segurança no trabalho e ambiente;
  • Desenvolver acções que permitam garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação em suporte electrónico, bem como o seu cumprimento por todos os utilizadores.
  • Promover uma actuação pró-ativa de incremento dos níveis de segurança física e lógica dos sistemas, nomeadamente na implementação de novas infra-estruturas tecnológicas e desenvolvimento de sistemas de informação. 





De referir ainda que a Administração do Porto de Sines, S.A. detém, certificação da qualidade em conformidade com os requisitos da norma ISO 9001, certificação dos sistemas de gestão de ambiente, saúde e segurança segundo as normas internacionais ISO 14001 e OHSAS 18001, conferida pela Lloyd's Register Quality Assurance,  tirando assim partido de uma política integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho, de forma a assegurar a plena satisfação dos seus clientes e partes interessadas e a afirmar uma posição de liderança e inovação no setor portuário.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Estagio em Sines

Começou a derradeira etapa no Curso de Saúde Ambiental, Estágio IV!

Com o objetivo de desenvolver um bom trabalho nesta Unidade Curricular, optei por realizar este estágio na APS, S.A.- Administração do Porto de Sines, que como o nome indica se localiza em Sines.
Sines é uma cidade portuguesa no distrito de Setúbal, região do Alentejo Litoral, com cerca de 14.238 habitantes. É sede de um município com 202,7 km² de área e está subdividido em 2 freguesias, sendo a própria freguesia de Sines, e Porto Covo (a cerca de 13km de Sines).

Em termos económicos, as principais valências são a indústria, devido ao fabrico de energia elétrica, combustíveis e polímeros, as movimentações portuárias, a pesca, o turismo e comercio local, e por fim alguns serviços.

Sendo a principal figura histórica o navegador Vasco da Gama, Sines tem variados locais de interesse histórico como o Castelo, o Museu/Casa de Vasco da Gama, a Igreja de Nossa Senhora das Salas e a Igreja Matriz, e o Centro de Artes de Sines.

A cidade é também conhecida pelos eventos desenvolvidos em prol do turismo, da cultura e gastronomia, sendo os mais famosos o Festival Músicas do Mundo (Julho), o Carnaval de Sines, as Tasquinhas (Julho) e algumas festas religiosas (Festas de Nossa Senhora das Salas e de Nossa Senhora da Soledade, em Agosto).

Para quem gosta de Natureza, o concelho de Sines também tem muitas riquezas para descobrir, tais como:
  • Praias;
  • Ilha do Pessegueiro;
  • Lagoa da Sancha;
  • Linhas de água (Ribeiras dos Moinhos, Morgavel e Junqueira);
  • Albufeira de Morgavel;
  • Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha;
  • Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
  
Praia Grande de Porto Covo
Estátua de Vasco da Gama



Festival Músicas do Mundo
Vista do Castelo de Sines