quarta-feira, 29 de maio de 2013

Reflexão Final

Bem, e foi num ápice que passaram estas 14 semanas de estágio na Direcção de Segurança e Ambiente da Administração do Porto de Sines.

Durante este período, apliquei todos os conhecimentos adquiridos durante os 3 anos de aulas, trabalhos, frequências, palestras e todo o restante ensino teórico. Estagiar na APS, foi um desafio motivador tendo em conta a dimensão desta entidade, e a importância desta na economia nacional. Com empenho e dedicação, tentei realizar um trabalho válido, de qualidade e útil para a empresa.
Foi um percurso bem agradável de percorrer, com muitos momentos de aprendizagem e muitas experiências enriquecedoras que vão proporcionar as bases necessárias para me formar profissionalmente e pessoalmente.

Quero deixar um agradecimento especial ao Comandante Fontes, à Engenheira Suse, à Engenheira Adelaide e à Dra. Andreia, por nos receberem e pela disponibilidade no pronto esclarecimento das mais variadas duvidas.
À restante equipa da Direcção de Segurança e Ambiente e aos Recursos Humanos resta também um grande agradecimento pela maneira que nos receberam.

Desta forma dou por encerrado o ultimo capítulo do inicio de uma longa e difícil vida profissional, com a espetativa que capítulos como este nunca faltem.

Não posso deixar de agradecer às pessoas que me acompanharam nesta jornada de 4 anos inesquecíveis, pelo que deixo um sincero OBRIGADO aos meus colegas de turma e às professoras Cidália Guia e Raquel Santos e aos professores Rogério Nunes e Manuel Albino pelo apoio prestado.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Qualidade das Águas Costeiras


"O porto de Sines é um dos poucos portos de águas profundas à escala europeia, sendo atualmente um dos 
raros portos na fachada atlântica da costa ibérica capaz de responder àqueles requisitos, podendo constituir-se como uma porta de entrada e saída de mercadorias na Europa de grande relevo."

Estratégia Nacional para o MAR 2013 - 2020

É com este sentido de responsabilidade que o Porto de Sines está de dia para dia a aumentar o trânsito de mercadorias nos Terminais Petroleiro, Petroquímico, Multipurpose, XXI e de Gás Natural, e como tal, é de esperar que possam existir alterações nos ambientes marinhos adjacentes. Foi no sentido de estudar e monitorizar o impacte no ambiente marinho, que desde o ano de 1990, nasceu o CIEMAR - Laboratório de Ciências do Mar, fruto da iniciativa conjunta da Universidade de Évora e da Câmara Municipal de Sines.

Este laboratório acabou então por assinar um protocolo de colaboração com a APS, para que em conjunto, trabalharem com o objectivo de controlar e monitorizar quaisquer indícios poluição proveniente da atividade portuária. Nestes estudos são tidas em conta legislação nacional e comunitária sobre a avaliação da qualidade de ambientes marinhos

Uma estrutura como o Porto de Sines, cuja complexidade de gerir diferentes áreas da atividade portuária, Ambiente incluido, desenvolve uma necessidade de utilização de ferramentas de apoio e de gestão poderosas, bem como, a integração com outros sistemas. Nesse sentido, decidiu implementar um Sistema de Informação Geográfica (SIG) com vista a uma mais eficaz e eficiente gestão e planeamento das operações portuárias.

No que toca ao módulo de ambiente, com o SIIG, a APS tem acesso facilitado:
  • Gestão do Plano Geral de monitorização Ambiental
  • Mapeamento e Identificação dos pontos de monitorização das águas, pontos de descarga, areia da praia
  • Visualização e consulta das análises e produção de relatórios
  • Visualização e consulta dos consumos da água, energia, gás, gasóleo e produção de resíduos
  • Informação meteorológica
  • Cálculo de percursos mais curtos entre dois pontos



No que diz respeito às águas balneares integradas na área de jurisdição da APS, o plano geral de vigilância implementado pela Universidade de Évora realiza exames químicos e microbiológicos, sendo estudadas várias variáveis. Estas análises complementam os planos de atribuição do galardão de Bandeira Azul à Praia Vasco da Gama e ao Porto de Recreio.

sábado, 11 de maio de 2013

LME - Lesões Musculoesqueléticas

A noção de que certas profissões podem induzir doença não é recente. Efetivamente, já há mais de 300 anos, em 1700, Bernardino Ramazzini, que poderemos considerar o pai da Medicina Ocupacional, considerava que o trabalho em condições climáticas adversas e em ambientes mal ventilados podiam originar doença e aconselhava períodos de repouso, exercício e posturas corretas, o que continua a ser flagrantemente atual.
Um dos casos mais frequentes de doenças profissionais são as lesões músculo-esqueléticas (LME), que consistem em lesões nas estruturas orgânicas como os músculos, as articulações, os tendões, os ligamentos, os nervos, os ossos e doenças localizadas do aparelho circulatório, causadas ou agravadas principalmente pela atividade profissional e pelos efeitos das condições imediatas em que essa atividade tem lugar. A maioria das LME são lesões cumulativas consequentes da exposição repetida a esforços mais ou menos intensos ao longo de um período de tempo prolongado. No entanto, podem também ter a forma de traumatismos agudos, tais como fraturas causadas por acidentes.
No geral, estas lesões afetam principalmente a região dorso-lombar, a zona cervical, os ombros e os membros superiores, mas podem afetar também os membros inferiores. Algumas LME, tais como a síndrome do canal cárpico, que afeta o pulso, são lesões específicas que se caracterizam por sinais e sintomas bem definidos. Outras manifestam-se unicamente por dor ou desconforto, sem que existam sinais de uma lesão clara e específica.
As LME caracterizam-se por sintomas como:
·         Dor, a maior parte das vezes localizada, mas que pode irradiar para áreas corporais;
·         Sensação de dormência ou de “formigueiros” na área afetada ou em área próxima;
·         Sensação de peso;
·         Fadiga ou desconforto localizado;
·         Sensação de perda ou mesmo perda de força.
Na grande maioria dos casos, os sintomas surgem gradualmente, agravam-se no final do dia de trabalho ou durante os picos de produção e aliviam com as pausas ou o repouso e nas férias.
 Vários grupos de fatores podem contribuir para a manifestação das LME, sendo que estes podem exercer uma ação separadamente ou combinados, sendo que podem ser dos seguintes grupos:

 Assim sendo, as LME não só causam sofrimento e perdas de rendimento a nível pessoal, como também têm custos para as empresas e as economias nacionais. Qualquer trabalhador pode vir a sofrer de lesões músculo-esqueléticas, e para fazer face a este problema é necessário adotar uma abordagem de gestão integrada. Esta abordagem não deve ser centrada apenas na prevenção de novas lesões músculo-esqueléticas, mas também na manutenção em atividade, reabilitação e reintegração dos trabalhadores que já sofrem de lesões músculo-esqueléticas.

Fontes:
Revista Saúde e Trabalho#08 - "Capacitar os trabalhadores para a prevençãodas LMELT";Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho; 2012; disponível em http://www.spmtrabalho.com/index.php?option=com_content&view=article&id=124&Itemid=210
Programa Naciona Contra as Doenças Reumáticas -"Lesões Musculoesqueléticas Relacionadas com o Trabalho-Guia de Orientação para a Prevenção"; Direção Geral de Saúde; 2008; disponível em  http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/A0E84C50-754C-4F85-9DA5-97084428954E/0/lesoesmusculoesqueleticas.pdf
Revista Facts nº 77 -"Introdução às lesões músculo-esqueléticas"; Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho; 2007;disponível em https://osha.europa.eu/pt/publications/factsheets/71

sábado, 4 de maio de 2013

Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho



No passado dia 28 de Abril, celebrou-se o dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho, e o tema escolhido para foi, "Reforçar a prevenção da saúde no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho”.

Estas comemorações tinham como objetivo principal a maior consciencialização das entidades públicas, das organizações patronais, dos sindicatos e dos trabalhadores quanto à necessidade de promover políticas e incentivar comportamentos de segurança no trabalho, de modo a evitar os acidentes e as doenças profissionais.

A Organização Internacional do Trabalho (ILO - International Labour Organization), entidade promotora da data comemorativa, estima que dos 2,34 milhões de mortes relacionadas com o trabalho anuais, menos de 15% são devidas a acidentes, e que ocorrem cerca de 5.500 mortes por dia por doenças profissionais. 
Este desequilíbrio é ainda mais marcado na Europa, onde menos de 5% das mortes relacionadas com o trabalho são devidas a acidentes, de acordo com as estatísticas da ILO.

A prevenção inadequada de doenças ocupacionais tem profundos efeitos negativos não apenas sobre os trabalhadores e suas famílias, mas também na sociedade em geral, devido aos enormes custos que ele gera, particularmente, em termos de perda de produtividade e remuneração dos sistemas de segurança social.

Em Portugal, segundo os números revelados pela ACT, onde não contam as mortes ocorridas depois da ida aos hospitais, houve em 2011 e 2012, respectivamente, 161 e 149 acidentes de trabalho mortais.